terça-feira, 9 de novembro de 2010

Contando minha história – parte 5

É galera parece que quanto mais eu escrevo mais eu vou me lembrando das histórias que foram me acontecendo durante todo este tempo.

Chegamos finalmente a sexta série, onde eu  ganhei o apelido de Mr. Magoo.

Tudo começou em uma aula de  educação sexual, com nossa professora de ciências, que eu espero nunca leia isto, mas era muito estranha.

Um amigo fez uma piadinha durante a aula, e ela muito espirituosa começou a tirar um sarro dele dando a maio bronca.

Eu que já nem gostava destas coisas falei para ela continuar e eis que ele me responde sem pensar: Cala a boca Mr. Magoo.

Nesta hora a sala veio ao chão em gargalhadas, e obviamente eu não gostei. Não demorou muito e todos estavam me chamando de Mr. Magoo. É sempre a pior coisa a se fazer quando você não gosta de um apelido.

Mas com o tempo comecei a analisar, e como na época passava o desenho no SBT passei a adimirar o velhinho que realmente tinha muita coisa haver comigo. Dois atrapalhados que mesmo nas maiores confusões se saia bem. Até hoje apronto cada uma que não acredito que consigo sair ileso.

Nesta época também ganhei meu Phanton System, uma cópia da Gradiente do Nintendo 8 bits, clássico para quementende de videogame.

Nesta época ja estava debulhando no TK 85, e aplicava todos os meus conhecimentos de matemática para construir programas que resolviam meus exercícios.

Uma coisa curiosa da sexta série, e que deve ter acontecido a maioria dos meninos nesta idade, é que acabei  me apaixonando por uma professora.

Ela dava aula de história e tinha uma atenção e um carinho todo especial por mim. A gente passava horas conversando após a aula, eu a ajudava a carregar os materiais e por termos um videocassete em casa, gravei um filme que ela queria passar na escola.

Mas como eu sabia que não sairia disso, nunca falei nada com ela. Já tinha a consciencia de que era paixonite de pré-adolescente.

Duas outras coisas que fiz nesta época foi cabular minha primeira aula, e como tonto de doze anos ficar em casa sem fazer nada e também chamei a primeira garota a ir ao cinema. Ela não aceitou, era três anos mais velha que eu, mas valeu pela tentativa e experiência.

Alias na sétima série, com o inicio real da adolescência, a gente já não via as meninas como as chatas. Já rolavam as primeiras paqueras, namoros e as excursões eram excelentes para isto.

Lembro que fui muito em excursões para o Playcenter, para o SESC Interlagos e infelizmente nunca fui para o Zoológico, alias isto eu me devo até hoje.

Nesta idade também comecei a treinar karatê. Um filho de uma amiga da minha mãe dava aulas no Banespa e alugou o quintal de casa para fazer uma academia improvisada. Em troca ganhei o kimono e o treinamento.

Gostava bastante. Treinava três vezes por semana e  cheguei até a faixa azul claro. Participei mais tarde de um campeonato e consegui o terceiro lugar. Foi nesta fase que comecei a ganhar altura, já que até então era meio baixo para minha idade. E também comecei a comer feito um doido para conseguir ter tanta energia e disposição.

Nesta fase euja era mais independente e começava a andar para lugares mais distantes sozinhos. Costumava ir até a locadora andando para economizar dinheiro e alugar mais cartuchos, pegarfilmes para meu pai e passava boa parte do tempo for a de casa na casa dos amigos.

Neste ano também fiz parte do time de futsal da minha sala. Faltava um jogador e eles me chamaram. Descobriram meu talento para bater faltas, acreditem sou bom nisso, e acabamos ganhando o campeonato. Lógico que quando fomos jogar com os marmanjos da noite, apanhamos, literalmente.

No próximo post falarei da oitava série e o que estava por vir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário